Damos o nome de aneurisma quando se tem a dilatação de uma artéria e essa dilatação ultrapassa em mais de uma vez e meia o diâmetro dessa artéria, em qualquer parte do corpo. E o aneurisma periférico, ou seja, o aneurisma fora do território cerebral mais comum é o aneurisma da aorta abdominal. Para entender melhor, normalmente, uma aorta mede de 1,5 a 2 centímetros. As mulheres têm uma aorta mais fina e os homens, mais grossa. Quando o diâmetro ultrapassa os 3 centímetros, podemos chamar de aneurisma. De acordo com o Dr. Antonio Carlos Souza, angiologista da Angiomedi, o maior problema do aneurisma é que em grande parte das situações, não há sintomas característicos. “O diagnostico, muitas vezes, é feito de forma incidental, a pessoa vai realizar um exame como uma ultrassonografia ou tomografia e detecta a presença de um aneurisma, por acaso”, explica o médico. Ele ainda completa que a primeira manifestação da presença do aneurisma pode ser uma das piores complicações, que é a ruptura, já que quando esses aneurismas rompem, de 10 a 15% dos pacientes morrem, imediatamente. Um grande numero de pacientes consegue chegar vivo ao hospital, mas a metade deles morre antes ou depois de ser submetido a algum tratamento. Então, para se ter êxito, é preciso ser feito o diagnóstico precoce.
Os pacientes de maior risco são os idosos, Raramente o aneurisma de aorta abdominal acontece em paciente mais jovens, abaixo dos 50 anos. Estudos mostram que pacientes acima dos 75 anos podem ter 8 vezes mais chances de ter a doença do que os pacientes com até 55 anos E os pacientes homens sofrem até 8 vezes mais do aneurisma do que as mulheres. O Dr. Antonio Carlos lembra que outros fatores importantes que levam ao aparecimento do doença é, primeiro, o tabagismo, que aumenta em 5 vezes o risco. “Outro fator importante é a pressão alta, a hipertensão, então quando juntamos tudo, mais de 50 anos, fumante, hipertenso, nós temos grupos de risco para o aneurisma de aorta abdominal”, explica o angiologista.
O grande problema deste e de qualquer aneurisma é a ruptura. No caso do aneurisma da aorta abdominal é que pelo fato da cavidade abdominal ser muito extensa, a pessoa pode perder muito sangue e isso levar à morte por choque circulatório. Mas, quando se detecta o aneurisma precocemente, seja num exame físico, seja na utilização de alguns exames complementares, se consegue realizar tratamentos clínicos ou cirúrgicos que evitam a ruptura desses aneurismas. Antonio Carlos explica que, normalmente, acima de 5 centímetros de diâmetro deve ter indicação de tratamento cirúrgico. Entre 3 a 5,5, é feito acompanhamento desses pacientes, que pode variar em cada pessoa, mas o que se costuma fazer é acompanhar com exames como ultrasson e tomografia e os controles dos fatores de risco, o cigarro, a hipertenção, a obesidade. “Sabe-se também que quando a gente detecta uma pessoa que tem aneurisma, existe uma chance em torno de 15 a 20% de que se tenha um familiar de primeiro grau que também tenha o aneurisma, caracterizando uma tendência genética ao desenvolvimento da doença”, alerta o médico.
Nos últimos 20 anos, houve uma verdadeira revolução no tratamento da aorta abdominal. Quando existe indicação cirúrgica no tratamento, pode-se realizar o procedimento por meio de cateterismo, apenas com a punção na virilha e é colocada uma próteses que reveste, recobre esse aneurisma por dentro, com um risco de morte bem reduzido.
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