Apesar das varizes atingirem somente 3%
dos homens entre 30 e 40 anos, sendo bem mais comum nas mulheres, a quantidade
proporcional de pessoas do sexo masculino que apresentam complicações da doença
é maior do que entre as mulheres. De acordo com o angiologista da Clínica
Angiomedi, doutor Antonio Carlos Souza, a situação pode ser explicada
porque os homens tendem a recorrer menos à assistência médica. “Eles só
procuram quando já estão em fase avançada de insuficiência venosa crônica”,
afirma o médico.
Para o doutor, são vários fatores que
influenciam para que o problema tenha uma evolução maior entre os homens.
“Primeiro que eles não se incomodam com a questão estética como as mulheres. Em
segundo lugar, os pelos, em maior quantidade do que nas mulheres, disfarçam a
aparência das varizes. E o terceiro fator, que a gente não consegue compreender
muito bem, é um padrão genético que faz com que as varizes causem menos dor nas
pessoas do sexo masculino, por isso eles deixam a doença evoluir mais”, explica
o angiologista.
Para que a doença não atinja um estado
crítico, o doutor Antonio Carlos orienta que o homem observe
alguns sintomas. “A presença de dor, cansaço, sensação de peso, inchaço nas
pernas (edemas), a presença de ondulação - porque varizes, por definição, é uma
veia tortuosa, elevada e alongada – são indicações de que é necessário procurar
um tratamento, ou pelo menos uma avaliação do Angiologista”, sugere.
O homem também deve notar se existe
algum escurecimento na área próxima do tornozelo, conforme explica o médico.
“Quando está nesse ponto, que é a quarta fase clínica das varizes, que se
manifesta com a dermatite ocre, está
a um passo de se tornar uma úlcera (ferida), que é a última fase”, alerta.
Ainda de acordo com o doutor, esta é a 14ª causa de afastamento do trabalho por
incapacitação no Brasil.
Fonte: J Vasc Br
2003;2(4):318-28.
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